Quinta-feira, 20 de Agosto de 2009

Pode parecer que me estou a repetir mas juro que não sou eu; é a realidade. O Verão também não ajuda e a falta de incêndios e o excesso de Gripe A obrigam os jornais a rever velhos problemas. Por exemplo, que “a troca de seringas nas prisões, criada para evitar o contágio de doenças infecciosas entre reclusos, continua a não ter adesão por parte dos reclusos”, e que, e isto é novo, “na origem do insucesso está o facto de haver horas definidas para o seu funcionamento, o que identifica os reclusos que se injectam”. Há vários e longos meses que soubemos que a tal troca foi um fracasso. O que não sabíamos é que se devia a um problema de horários. Fico contente que as autoridades competentes tenham encontrado a solução. Aliás, uma solução que tem a solidez da simplicidade e que não provoca nenhuma derrapagem orçamental. O presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência reconheceu que "há uma falta de confiança no sistema". A distribuição de seringas novas e recolha de usadas tem actualmente horas certas", o que significa que "as pessoas que se dirigem aos serviços de saúde a essas horas são identificadas"."Têm medo de ser penalizados", por exemplo, vendo dificultadas as saídas precárias, explicou o homem. É extraordinário que os reclusos das nossas prisões não tenham confiança no sistema. Deve ser porque se drogam. Por outro lado, aqueles que se drogam têm de ser penalizados por uma actividade que não deve ser assim tão excepcional, tendo em conta que se fez um plano para distribuir as seringas. É mesmo de estúpidos. Só espero que a descoberta recente do presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência consiga restabelecer a confiança no sistema e faça perder o medo ao castigo com esta mudança de horário. É um golpe de génio. Fora isso, tudo bem.



Publicada por Carlos Quevedo às 23:04
Comentar

Arquivo do blogue
Subscrever feeds
blogs SAPO