Terça-feira, 4 de Maio de 2010

A Quercus afirmou que as mais de cinco milhões de folhas de papel que se gastam na impressão das Provas de Aferição representam o abate de 506 árvores. Esta organização apela ao Estado que cumpra a legislação referente às compras ecológicas. Os ambientalistas aconselham, por exemplo, a procurar soluções informáticas. Eu não sei muito sobre os custos energéticos, poluidores e coisas afins, mas não acredito que os computadores não produzam danos à Mãe Natureza. Aquilo que poupa as árvores pode ser a tragédia de alguma outra coisa. Mas os Quercus, raio de nome, diga-se de passagem, lá saberão. Entretanto, sugeriram que se reduzisse o impacto ambiental, recorrendo ao uso de papel integralmente reciclado. Pois sempre que quero comprar um caderno de papel reciclado, pago uma fortuna. Além de não ser muito nítido e de não ser capaz de tirar a ideia da minha cabeça de que estou a escrever numa superfície que só por capricho do destino não é papel higiénico. Os Quercus contra-atacam e dizem que já se consegue papel reciclado mais barato. Eu pergunto onde. E já agora a quem pertence a fábrica. Serão parentes dos JP Sá Couto? O objectivo estratégico será apoderar-se da poderosa máquina educativa do Estado? Paranóias à parte, o Ministério de Educação respondeu aos quer cus. Desculpem, aos Quercus. Respondeu que o papel reciclado não é bom para a impressão até porque nas provas se utilizam ambos os lados das folhas. Além do mais não há desperdício porque as respostas são dadas nas mesmas folhas que contêm os enunciados e as folhas não utilizadas vão para a reciclagem. Isto e mais algum esclarecimento sobre a racionalidade da utilização do papel nas provas. Fiquei convencido. E acredito que os nossos netos, filhos, sobrinhos e irmãos mais novos têm o direito a sofrer em frente ao papel, como sofreram os avós, pais, tios e irmãos mais velhos. Por outro lado, acredito que é mais saudável para a humanidade ser mais ambicioso nas políticas de reflorestação. O uso do papel na educação, na cultura e na casa de banho é insubstituível. Fora isso, tudo bem.



Publicada por Carlos Quevedo às 23:07

De famoso a 5 de Maio de 2010 às 12:39
É pena o papel reciclado ser mais caro que o papel branqueado. Concordo que o papel para uso na educação e no wc é insubsitituivel.


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