Sexta-feira, 15 de Agosto de 2008

Eu sei que toda a gente está preocupada com as auto-estradas custarem muito mais do que foi anunciado. Há que compreender que o Ministro Mário Lino está a passar um mau momento. Já lá vão os tempos de estrela da companhia quando era o paladino do aeroporto da Ota. Aliás, quarenta por cento de erro nas previsões não são nada. Quem se lembra agora de incluir as expropriações num orçamento de construção de auto-estradas? Não sejamos injustos. Quem nunca se enganou no troco que atire a primeira pedra. Há coisas mais relevantes no mundo. Por exemplo, a iniciativa do secretário-geral das Nações Unidas, o coreano Bam Ki-Moon, que apresentou uma directiva para os funcionários das Nações Unidas não utilizarem gravata durante o mês de Agosto. Claro que não usar gravata implica não usar casaco. Deste modo podem reduzir o uso do ar acondicionado e aumentar a temperatura mais dois graus. Que por sua vez, levará a uma poupança de cem mil dólares. Esta notícia é mais séria do que pensam. Como sabem, para combater o calor há duas tendências opostas: a árabe ou a norte-africana, que indica que um vestuário completo, túnica, ou seja lá o que for que chamam a isso, conserva a temperatura constante do corpo. Depois temos a tendência antagónica, muito popular na Amazónia, Caribe e nas ilhas maravilhosas do Pacifico. Esta indica que quanto menos tenhamos em cima do corpo, melhor. Obviamente o nosso admirado Bam Ki-Moon acredita na sabedoria da Polinésia, do Havai, das Bermudas, da Jamaica e de tantos outros locais inspiradores. Não quero imaginar nos resultados se o secretário-geral das Nações Unidas fosse um iraniano ou um algeriano. Estávamos todos a poupar energia vestidos dos pés à cabeça e as nossas queridas secretárias de burka, chador e essas coisas. Este é, sem dúvida, um primeiro passo para proteger o ambiente. Ainda faltam muitos, mas não faz mal. Hoje, nós sem a gravata. Amanhã, elas sem o soutien. Fora isso, tudo bem.



Publicada por Carlos Quevedo às 23:34

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