Terça-feira, 14 de Setembro de 2010

Alguém se lembra dos anos maravilhosos passados na Universidade? Parece que já não são assim tão maravilhosos. Na semana passada houve um seminário na Universidade de Aveiro sobre educação sexual. Foi apresentado um estudo realizado entre a população universitária de Aveiro que conclui que 40 por cento dos inquiridos afirmou terem dificuldades sexuais. Como era de esperar, o próprio Francisco George achou preocupante. O director-geral da Saúde até declarou que “é uma área onde não podemos fazer intervenções negativas”. Também acho. Embora não saiba o que quis dizer com isso. À excepção das análises clínicas, em matéria de sexo, tudo o que é negativo é mau. Que o Francisco George tenha ficado preocupado também não é bom. É pôr mais um peso sobre as costas dos estudantes. O sexo só pode ser bem feito se não houver culpa, responsabilidade ou preocupações. O que significa que nunca se está nas condições ideais. Se aos problemas normais dos universitários acrescentarmos a preocupação das autoridades da saúde, estaremos a adicionar mais uma ansiedade aos estudantes. Ter uma má performance e começar a chorar porque mais uma vez desiludimos o Francisco George pode ser o princípio do fim de uma jovem sexualidade. Ainda por cima, sabemos que o George é um alarmista. Ele foi um dos mais fervorosos militantes contra a gripe A. E todos sabemos onde tiveram de meter as milhares de vacinas que sobraram. Por outro lado, os efeitos psicológicos da conclusão do estudo podem condicionar gravemente qualquer namoro. Tenho pena de o inquérito só ter sido feito com os estudantes de Aveiro. O problema será só por esses lados? Se for, os aveirenses vão ficar muito mal vistos. Digo isto porque só quatro por cento das raparigas afirmaram ter problemas. Das duas uma: ou as estudantes aveirenses namoram com malta de outras universidades ou os estudantes de Aveiro são tão queridos que estão angustiados com os quatro por cento das raparigas insatisfeitas. Nunca vamos saber a verdade. Contudo, ficou claro que o director-geral da saúde já está em cima do acontecimento. Fora isso, tudo bem.



Publicada por Carlos Quevedo às 23:23

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