Quarta-feira, 8 de Outubro de 2008

Parece que é certo. A notícia dada em primeira-mão pelo semanário Sol é verdadeira: Pedro Santana Lopes vai ser o candidato do PSD à Câmara de Lisboa. Depois de conhecida esta decisão, houve um silêncio sepulcral. Até Manuela Ferreira Leite, conhecida pela sua verborreia, ficou calada. Deve ter sido difícil para ela não abrir a boca. Até Marcelo Rebelo de Sousa, que não se pode dizer que morra de amores por Santana, afirmou que é o melhor candidato possível para enfrentar ao António Costa, actual Presidente da Câmara. Honestamente, até ouvir Pacheco Pereira a confirmar esta escolha, sempre pode haver uma réstia de dúvida. No entanto, se esta nomeação se verificar, acredito que se trata de uma boa escolha. E passo a explicar porquê antes que se arme um tumulto entre os meus ouvintes ansiosos por alguma orientação nas próximas eleições autárquicas. Os presidentes das câmaras das grandes cidades no mundo sempre foram políticos com futuro ou com passado, e não poucas vezes com passado e com futuro. Ultimamente em Lisboa só João Soares foi uma excepção e Carmona não conta para nenhuma destas hipóteses. Ao contrário dum primeiro-ministro, um autarca não pode prometer melhores dias no futuro. Não pode mandar os cidadãos guardar o lixo até ao ano que vem, porque agora não é a altura de deitar o lixo. Um Chefe de Governo pode e deve pensar a longo prazo, um autarca tem de ser bom e tem de o ser agora. O problema com António Costa é que pensa como um primeiro-ministro quando é um autarca. O problema de Pedro Santana Lopes foi que quando era primeiro-ministro julgou que ainda era um presidente de Câmara. Por outro lado, está claro que António Costa está feito para outros voos. As suas políticas de alianças são mais adequadas para a Assembleia da República do que para a minúscula assembleia camarária onde rapidamente se descobre a careca. A sua presença ao lado da vereadora Ana Sara Brito na sua ridícula declaração dos valores éticos foi patética. É compreensível que um primeiro-ministro teime em defender um membro do seu Governo, mas não exageremos. António: a Ana Sara é só uma vereadora, caramba. Não é o Mário Lino nem tu és o Sócrates. Fora isso, tudo bem.



Publicada por Carlos Quevedo às 23:32
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Comentários:
De laura a 14 de Outubro de 2008 às 12:30
Só faltou dizer porque é que Santana é uma boa escolha, fora isso tudo bem.


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